Comunistas e militares nacionalistas na campanha “O petróleo é nosso!”

Comunistas e militares nacionalistas na campanha “O petróleo é nosso!” *

POR AUGUSTO CESAR BUONICORE **PUBLICADO EM 29.02.2016

No dia 3 de outubro de 1953 o presidente Getúlio Vargas assinou a lei que criou a Petrobrás. Esta foi a conclusão de uma luta patriótica iniciada nas primeiras décadas do século 20 que envolveu amplos setores da sociedade brasileira.

. No entanto, apenas a partir de 1948 ela adquiriu o caráter de uma campanha nacional e de massas que se denominou “O petróleo é nosso!”.

No início daquele ano o governo do general Eurico Gaspar Dutra enviou ao Congresso Nacional um projeto de Estatuto do Petróleo que tinha um caráter entreguista. Abriu-se, então, no parlamento e na sociedade uma disputa acirrada em torno daquele projeto. Para impedir a sua aprovação os vários grupos nacionalistas, entre eles os comunistas, resolveram se unificar e, em abril, criaram o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo (CEDPEN). Seu objetivo era realizar uma “larga campanha de esclarecimento, debate, comícios, caravanas e demais meios constitucionais e democráticos, visando à congregação dos brasileiros que pugnam pela tese nacionalista da exploração das jazidas pelo monopólio estatal”. Foram eleitos presidentes de honra da entidade o ex-presidente da República Artur Bernardes, o general Horta Barbosa, o general Estevão Leitão de Carvalho, o coronel Arthur Carnaúba, o capitão-de-corveta Alfredo de Morais Filho e o presidente da UNE Roberto Gusmão.

Ainda em abril de 1948 realizou-se a “semana do petróleo” e, em junho, o “mês do petróleo”. No dia 24 de setembro teve início a 1ª Convenção Nacional de Defesa do Petróleo. A sessão inaugural, realizada na sede da ABI, foi presidida por três generais nacionalistas: Estevão Leitão de Carvalho, Júlio Horta Barbosa e Raimundo Sampaio. Ao final uma comitiva de aproximadamente 300 pessoas depositou flores aos pés da estátua do Marechal Floriano Peixoto, o consolidador da República. O ato patriótico, encabeçado por oficiais do exército, acabou sendo dissolvido a cacetadas, bombas de gás e a tiros pela Polícia Especial de Dutra. Entre os feridos estavam o ator comunista Modesto de Souza, o deputado nacionalista Euzébio Rocha e o jornalista Gentil Noronha, ferido à bala. O ministro da justiça declarou: “os sucessos da madrugada (…) nos dão o triste testemunho da solércia dos comunistas empenhados na confusão e divisão do povo brasileiro”.

O debate em torno da questão do petróleo começou a adquirir um caráter explosivo. As posições se radicalizavam e a Convenção de Defesa do Petróleo, que teve prosseguimento contra vontade do governo federal, aprovou a tese do monopólio estatal da indústria petrolífera. Iniciou-se a partir de então uma das maiores movimentos de cunho nacionalista da história do Brasil: a Campanha o Petróleo é Nosso! Ela incorporou um amplo leque de forças políticas e sociais: comunistas, socialistas, positivistas, militares, operários, estudantes e donas de casas etc. Um papel destacado teve a União Nacional dos Estudantes (UNE), que incentivou a criação de núcleos de defesa do petróleo nas faculdades brasileiras. O governo entreguista de Dutra não conseguiu aprovar o seu projeto e isto representou uma vitória inicial das forças nacionalistas.

Em julho de 1951, já no governo Vargas, realizou-se na sede da UNE a 2ª Convenção Nacional de Defesa do Petróleo. O evento, novamente, foi atacado pela polícia ocasionando diversos feridos. No final daquele ano a campanha foi retomada após a iniciativa de Vargas de regulamentar definitivamente a questão do petróleo brasileiro, através da criação da Petrobrás.

O nacionalismo não ortodoxo do presidente, considerado entreguista pelos nacionalistas radicais e comunistas, aceitava plenamente estabelecer parcerias com o capital privado e estrangeiro na montagem da infra-estrutura fundamental para a industrialização brasileira, no qual se incluía o petróleo. Segundo o projeto inicial de sua Assessoria Econômica, a Petrobrás devia ser uma empresa mista, ou seja, uma empresa que aceitaria a participação de capital privado, inclusive externo. Ela funcionaria como um holding que articularia a atividade de outras empresas, subsidiárias e associadas, que operariam nas diversas fases da indústria petrolífera.

Existia uma afinidade entre o projeto governamental e os anseios da nossa burguesia industrial, que aceitava a participação do capital internacional na montagem da Petrobrás. Mas, na impossibilidade de investimento externo na montagem de tal empresa, não se mostrava contrária ao investimento exclusivamente ou majoritariamente estatal.

De outro lado, havia as entidades ligadas ao comércio de importação e exportação e mesmo setores industriais, especialmente no Rio de Janeiro, que se colocavam radicalmente contra investimentos públicos na montagem da Petrobrás. Defendia que essa função não caberia ao Estado, pois ele não tinha recursos suficientes e competência para isso. A maioria destas lideranças industriais, chamada de “liberal”, era composta por gerentes de firmas estrangeiras ou diretores de empresas fortemente ligadas aos interesses externos.

A Fiesp era a principal entidade a falar pelos interesses da burguesia industrial e defendia a constituição da Petrobrás nos moldes apresentados por Vargas. Segundo Antonieta Leopoldi, o que explicaria ainda a persistência de certo viés nacionalista nas diretivas daquela entidade patronal paulista era “a presença significativa de grandes empresas de capital local em São Paulo, tornando a federação das indústrias paulistas menos vulnerável à ação e ao pensamento das empresas estrangeiras”. O que já não ocorria no Rio de Janeiro.

O projeto criando a Petrobrás, como empresa de economia mista, foi enviado ao Congresso Nacional em dezembro de 1951. A burguesia industrial paulista aprovou. Contudo, o projeto de Vargas seria alvo de um duro ataque dos setores antiimperialistas. O núcleo central da campanha pelo monopólio estatal do petróleo estava nas Forças Armadas, especialmente na sua oficialidade nacionalista, e nos comunistas.

O CEDPEN, com forte influência destes setores, denunciou o projeto como a “oportunidade esperada pelos trustes estrangeiros — especialmente a Standard Oil — para penetrarem no domínio da exploração e da industrialização do petróleo nacional”. O Clube Militar, ainda nas mãos dos nacionalistas, qualificou o projeto como “profundamente nocivo à soberania nacional e à segurança militar de nossa Pátria”. O movimento em defesa do monopólio estatal adquiriu um caráter de massas, envolvendo particularmente as classes médias urbanas e em menor medida a classe operária, mobilizada pelo Partido Comunista do Brasil.

O deputado Euzébio Rocha apresentou um substituto excluindo o capital privado da exploração do petróleo nacional. Para espanto geral a própria UDN aderiu à idéia do monopólio estatal do petróleo e apresentou outro substituto ainda mais radical. Esta mudança de posição possivelmente estivesse ligada a uma tentativa de não se isolar dos setores das forças armadas e das classes médias urbanas, simpáticas às teses monopolistas. E, também, criar maiores dificuldades para o presidente Vargas.

Em julho de 1952 organizou-se a 3ª Convenção Nacional de Defesa do Petróleo, da qual participaram mais de 600 delegados de 17 Estados e do Distrito Federal. Eram representantes de entidades estudantis, associações profissionais e núcleos regionais de defesa do petróleo. A participação militar foi destacada. A Convenção denunciou o projeto varguista de criação da Petrobrás como “impatriótico e de índole entreguista”. A UNE realizou atividades em todas as faculdades do país e a campanha ganhou às ruas.

Em novembro o PC do Brasil manifestou-se novamente em defesa do monopólio estatal. A pressão nacionalista fez o governo recuar e estabelecer o monopólio sem a participação do capital estrangeiro, mas manteve o caráter misto, admitindo a presença do capital privado nacional. O recuo do governo isolou os nacionalistas radicais, entre os quais se incluíam os comunistas. O projeto foi aprovado na Câmara em setembro de 1952.

No Senado, onde as forças favoráveis à abertura da exploração do petróleo às empresas estrangeiras eram maioria, o projeto foi alterado favoravelmente aos trustes estadunidenses. Durante a tramitação do projeto as frações comerciais da burguesia aumentaram sua pressão contra a aprovação do monopólio estatal. As associações comerciais de todo o país, dirigidas pela Confederação Nacional do Comércio, inundaram o Congresso com telegramas contra o projeto aprovado na Câmara. O jornal O Estado de S. Paulo, porta-voz desses setores antinacionais, afirmou em editorial: “Caminhamos para o estabelecimento de uma exploração estatal com exclusão absoluta de capitais particulares, máxime estrangeiros, quando somente com as pesquisas do precioso líquido absorveriam todos os recursos de forma tal que a economia do País seria profundamente perturbada, cessando (…) quase todas as atividades produtoras de tudo quanto é indispensável à nossa existência”.

No entanto, as emendas entreguistas do Senado foram derrubadas na Câmara dos Deputados e o projeto estabelecendo o monopólio estatal foi aprovado em julho de 1953. Finalmente, no dia 3 de outubro, a lei foi assinada. Esta foi a maior vitória das forças nacionalistas coligadas e uma derrota estratégica ao imperialismo norte-americano no Brasil; e desde então ele sonha com uma revanche. Mas, o povo brasileiro saberá preservar a sua vitória.

* Artigo originalmente publicado no Portal Vermelho em 02 de outubro de 2003

** Augusto C. Buonicore é historiador, secretário-geral da Fundação Maurício Grabois. E autor dos livros Marxismo, história e a revolução brasileira: encontros e desencontros e Meu Verbo é Lutar: a vida e o pensamento de João Amazonas, ambos publicados pela Editora Anita Garibaldi.

http://www.grabois.org.br/portal/artigos/117795/2016-02-29/comunistas-e-militares-nacionalistas-na-campanha-o-petroleo-e-nosso

NOVA DIRETORIA DO SATEMRJ TOMA POSSE E ANUNCIA FILIAÇÃO À CTB

CTB-RJ

“Bem-vindos à democracia”, com essa chamada tomou posse a nova diretoria do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Rio de Janeiro (SATEMRJ), no auditório do Sindicato dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro (SEC-RJ), no último dia 20. Eleita em dezembro de 2015, a nova chapa terá mandato até 2018, reafirmou compromissos de luta com a categoria e anunciou a filiação à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

Durante a posse, diversas entidades do movimento da enfermagem estiveram presentes como o COREN, o CONATEM, a ABEN-RJ. A CTB e o Sindicato dos Comerciários também marcaram presença, assim com o mandato da Deputada Estadual Enfermeira Rejane (PCdoB). A Presidenta do COREN-RJ, Dra. Maria Antonieta Rubio Tyrrell, em sua saudação à nova diretoria eleita, lembrou da importância do sindicato da categoria e afirmou que “os técnicos e auxiliares de enfermagem precisam de um sindicato que os defenda. O COREN…

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Lula denuncia manipulação e influência política da Rede Globo

Blog do Renato

Luiz Inácio “Lula” da Silva, em sua fala durante a comemoração dos 36 anos do Partido dos Trabalhadores, neste sábado (27), desabafou sobre o poder que a grande mídia tem nas decisões políticas do país. O ex-presidente vem sofrendo um verdadeiro linchamento da sua imagem pública, através dos grandes canais. Lula também denunciou a perseguição da Rede Globo aos blogs de esquerda, que recentemente reproduziram matérias expondo as relações perniciosas da emissora da família Marinho. 

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“A gente não tem hoje um grande partido de oposição. Nós temos um partido chamado Globo, um partido chamado Veja, chamado outros jornais, que é quem de verdade lidera a oposição no país”, disse o petista à militância. Lula disse também que “não imaginava”, depois de brigar na Constituinte para ter um Ministério Público forte e independente, “ver hoje um Ministério Público fazendo o jogo da imprensa, fazendo o jogo da Veja e do Globo”.

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Patrus Ananias: Objetivos políticos da Lava Jato são claros – Portal Vermelho

Em entrevista ao 247, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, aponta os excessos e distorções da Operação Lava Jato e fala de sua preocupação com o conjunto de ameaças reais ao Estado Democrático de Direito que vem se ampliando.

Fonte: Patrus Ananias: Objetivos políticos da Lava Jato são claros – Portal Vermelho

Aldo Rebelo lança pedra fundamental da nova estação antártica

Blog do Renato

Reconhecido internacionalmente por sua contribuição científica na Antártica, o Brasil voltará a ter sua base que integra o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O lançamento da pedra fundamental da nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) será feito nesta segunda-feira (29), pelo ministro da Defesa, Aldo Rebelo. 

Ministério da Defesa

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Ministro Aldo Rebelo lança hoje a pedra fundamental da Estação Antártica Comandante Ferraz. 

Após o grave incêndio, ocorrido no dia 25 de fevereiro de 2012, que destruiu a edificação principal da Estação, foi realizado um planejamento logístico-operacional, envolvendo pesquisadores, militares e civis, além do emprego de cinco navios, para instalação dos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE), que permitiu a permanência brasileira na Antártica e a continuidade das pesquisas. 

As obras para reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz começaram em dezembro de 2015, após a empresa China Electronics Imports and Exports Corporation (CEIEC) vencer a licitação. A conclusão da obra está prevista para 2018. 

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Projeto para privatizar educação em Goiás segue a todo vapor

Blog do Renato

A Secretaria Estadual da Educação de Goiás divulgou na sexta-feira (26) o nome das cinco organizações sociais (OS) consideradas habilitadas a prosseguir no processo licitatório que vai escolher gestores privados para 23 escolas estaduais da região de Anápolis. Outras cinco foram desclassificadas por pendências na documentação, razão pela qual a primeira sessão de abertura dos envelopes, há dez dias, foi suspensa.

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 Alunos contra a privatização: Marconi Perillo quer as escolas estaduais dirigidas por organizações sociais

Alunos contra a privatização: Marconi Perillo quer as escolas estaduais dirigidas por organizações sociais

Das entidades consideradas habilitadas pelo governo de Marconi Perillo (PSDB), todas qualificadas do final do ano passado para cá, nenhuma apresenta as condições exigidas pela lei, conforme recomendam o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado de Goiás e Ministério Público de Contas do estado.

De acordo com documento assinado por promotores dos três órgãos e entregue ao governo estadual, a organização social Inove tem como responsável Relton Jerônimo Cabral, veterinário. Pesa contra…

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SINTECT-SP e FINDECT fazem atos no Rio de Janeiro para exigir que Banco BNY Mellon cubra rombo do Postalis

Em dois grandes atos no Rio de Janeiro, um deles realizado em frente ao CTC Cidade Nova pela manhã, e outro à tarde, este realizado em frente a sede do Banco BNY Mellon no dia 26 de fevereiro, Sindicato e Federação exigiram que o banco seja responsabilizado e pague o prejuízo que deu ao Postalis que ultrapassam 2 bilhões de reais com gestão de fundos de investimentos – Também exigiram que ECT pague o R$ 1,1 bilhão que deve – Não vamos aceitar que joguem a dívida para os trabalhadores!

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A FINDECT e os Sindicatos filiados realizaram um grande protesto em frente à sede do Banco BNY Mellon, no Rio de Janeiro, no dia 26 de fevereiro. O SINTECT-SP levou uma caravana com mais de 150 trabalhadores da SPM ao ato, Bauru mais 50 da SPI, que se juntaram aos companheiros do Rio de Janeiro, Tocantins e aos representantes da…

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Após repercussão negativa, Globo quer retirar conteúdos de blogs – Portal Vermelho

O Grupo Globo resolveu interpelar na Justiça sites e blogs, após a sequência de notícias e publicações sobre o triplex em Paraty, da família de Roberto Marinho, que controla as Organizações Globo, e a grande repercussão que tomaram as declarações da ex-funcionária da TV, Mirian Dutra, sobre a sua relação com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o suposto acordo fechado com BNDES e a Globo para abafar o caso.

Fonte: Após repercussão negativa, Globo quer retirar conteúdos de blogs – Portal Vermelho

Nos meses finais de FHC no Planalto, BNDES salvou Net, da família Marinho, com injeção de R$ 300 milhões; 80% do dinheiro novo foi público

Do Viomundo – publicado em 27 de fevereiro de 2016 às 05:14

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por Luiz Carlos Azenha

Nas entrevistas que deu até agora à revista espanhola Brazil com Z, à Folha e ao Diário do Centro do Mundo, a jornalista Mirian Dutra sustentou:

1. que deixou o Brasil de livre e espontânea vontade, depois de, segunda ela, ouvir do então senador Fernando Henrique Cardoso que poderia ter o filho de qualquer um, menos dele;
2. que quando tentou voltar ao Brasil, antes da reeleição de FHC ao Planalto (que aconteceu em 1998) foi aconselhada por Antonio Carlos Magalhães num almoço a não fazê-lo. Presente ao encontro, um funcionário da Globo — que Mirian não identificou;
3. que o favor que a emissora fez ao mantê-la assalariada no Exterior (com carga mínima de trabalho, muito menor que a de qualquer outro correspondente) foi recompensado por FHC com ajuda à Globo através do BNDES;
4. que FHC, depois da morte da esposa Ruth, fez chegar a ela a informação de que assumiria o filho, mas nunca o fez legalmente — por exemplo, alterando a certidão de nascimento.
Quanto a este último ponto, o jornal O Dia deste sábado confirma.

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Quanto aos empréstimos do BNDES, só uma investigação da Polícia Federal — como a pedida pelo deputado petista Paulo Pimenta — terá o poder de requisitar e analisar todos os documentos oficiais, estabelecendo uma cronologia com os fatos narrados por Mirian.
Porém, a análise de uma das operações revela indícios surpreendentes, que merecem uma avaliação mais aprofundada.

A operação foi objeto do processo 005.877/2002-9, que resultou no Acórdão 183/2004 do Tribunal de Contas da União, publicado no Diário Oficial de 15 de março de 2004. Mas a operação em si aconteceu no terceiro trimestre de 2002.

Era o final do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Crise econômica grave. Real desvalorizado em relação ao dólar. A Net Serviços de Comunicações S/A, ex Globo Cabo, está em situação penosa.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Social, através do BNDESPar, prepara uma operação de capitalização para salvar a empresa. O TCU acompanha.

Havia preocupação com três aspectos da situação da Net, que poderiam implicar em perdas para o BNDES: queda no número de assinantes, acúmulo de dívidas de curto prazo e dívidas em moedas fortes, principalmente em dólar.

O ministro-relator Lincoln Magalhães da Rocha, depois de estudo feito por analista do TCU, sugere: “8.1 — Recomendar ao Diretor-Presidente do BNDES (Nota do Viomundo: à época, Eleazar de Carvalho Filho) a adoção de providências no sentido de promover reuniões específicas com os demais membros das Diretorias do BNDES e da BNDESPAR para reavaliar (grifo nosso), em conjunto, os aspectos econômicos-financeiros do plano de capitalização da Net Serviços de Comunicação S/A (ex-Globo Cabo), manifestando-se, conclusivamente, sobre a oportunidade da assistência pelo Banco, nos termos previstos no Protocolo de Recapitalização e seus aditivos, levando-se em consideração a existência de riscos de insucesso da operação na hipótese de não vir a ocorrer”.

Ou seja, ele pregava uma detalhada revisão ANTES do fechamento do negócio.

Atendido o pedido do ministro, preocupado com possível perda de dinheiro público, o negócio poderia atrasar — ou nem sair. O governo FHC estava em contagem regressiva.

Logo depois da apresentação do relatório, o ministro Marcos Vinicios Vilaça pediu vista dos autos.
“Em seguida, a Globo Comunicações e Participações S/A (Globopar), controladora indireta da Net Serviços e Comunicações S/A, na condição de interessada, e por meio de procurador constituído nos autos, propôs ao Ministro Revisor que desconsiderasse as recomendações constantes do item 8.1 da Proposta de Decisão, por entender que as cautelas nela referidas já tinham sido observadas no processo de capitalização”, diz o documento.

Tudo isso, obviamente, prolongou o processo. Meses se passaram.

O Ministro Revisor pediu manifestação do Ministério Público. O procurador Lucas Rocha Furtado disse que não via ilegalidade na ajuda da BNDESPAR à Net, mas deu uma notícia que deve ter surpreendido os ministros do TCU: a operação já tinha sido realizada!

Portanto, as recomendações do ministro relator, aquelas do item 8.1, contra as quais a Globopar havia recorrido, não poderiam mais ser implementadas!

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“Há notícias de que a operação de recapitalização da empresa Net S.A. já estaria irreversivelmente em curso… Caso essa notícia seja oficialmente confirmada, prejudicadas estarão, no nosso entender, as propostas de encaminhamento do Ministro-Relator que visavam a balizar o processo decisório da diretoria da BNDESPAR”, escreveu o procurador.

Em outras palavras, a cautela recomendada pelo relator Lincoln Magalhães da Rocha foi atropelada pelos fatos.

Restou a ele analisar o desempenho da Net depois de concretizada a recapitalização com dinheiro do BNDES.

E, surpresa!, ele encontrou intactos todos os problemas que o levaram a fazer aquela recomendação 8.1 — contra a qual a Globopar se insurgiu: queda do número de assinantes, preocupantes dívidas de curto prazo e dívidas em moeda estrangeira, especialmente em dólar.

“A participação do BNDES e de outros credores no processo de capitalização da Companhia não conseguiu resolver os problemas enfrentados pela beneficiária”, afirmou.

Acrescentou: “Por meio da operação de capitalização ocorrida no terceiro trimestre de 2002 (Nota do Viomundo: portanto, FHC ainda estava no poder), o BNDES converteu R$ 139,9 milhões de debêntures de sua titularidade em ações da Companhia e ainda subscreveu outros R$ 156 milhões em novas ações a R$ 0,70 cada. Ressalte-se que esse preço foi atribuído após o grupamento de cada lote de 10 ações em 1 ação, conforme assembléia geral extraordinária realizada em 2 de maio de 2002. Se não fosse o grupamento, o preço da ação adquirida/convertida seria obrigatoriamente de R$ 0,07.”

O ministro Lincoln afirma que àquela altura o investimento na Net não tinha sido um bom negócio para o BNDES. Informa que, em 1999, o banco público já havia subscrito 4,8% do capital da Net, além de comprar outros 4,1% no mercado secundário, a um preço não revelado.

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Ele escreveu que o plano inicial de recapitalização não foi cumprido: “No plano de capitalização inicial no valor de R$ 1 bilhão, havia previsão de que R$ 447 milhões seriam integralizados em dinheiro novo, dos quais R$ 39 milhões pelo BNDES, acrescidos de uma garantia firme de subscrição adicional de até R$ 117 milhões, caso houvesse sobras de ações não adquiridas pelo público. O restante seria desembolsado pelos demais acionistas e/ou credores. Entretanto, por meio dos aditivos número 1 e 2, essas regras mudaram e o desembolso do BNDES tornou-se exigível pelo valor de R$ 156 milhões, independentemente de sobras, e a participação dos demais reduziu-se a aproximadamente R$ 100 milhões”.

Porém, os demais acionistas não entraram nem com R$ 400 milhões em dinheiro novo, nem com R$ 100 milhões: “Observa-se nesse demonstrativo que a parcela integralizada em dinheiro novo foi de apenas R$ 192 milhões, dos quais R$ 156 milhões pela BNDESPAR e somente R$ 26 milhões aportados pelos demais acionistas e/ou terceiros”.

Ou seja, mais de 80% do dinheiro novo veio do banco público!

O ministro concluiu que o BNDES fez mais do que havia prometido no negócio. A Net, não. A empresa da família Marinho teria “induzido este tribunal a posicionar-se de forma passiva” diante de um negócio arriscado.

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Estávamos, então, em março de 2004.

Ao ministro Lincoln restou recomendar, no acórdão aprovado pelo TCU: que o BNDES, “na condição de segundo maior acionista e detentor de 22,1% das ações da Net”, atue junto à empresa e demais acionistas pelo reequacionamento das dívidas e substituição das operações em dólar norte-americanos por reais; que a diretoria do BNDES, “doravante, observe com rigor as normas operacionais da instituição financeira, em especial as cláusulas e condições dos protocolos que firmar, antes de efetuar liberação de quaisquer recursos financeiros ou renegociação de créditos/direitos, com vistas a não por em risco os capitais públicos”.

Mas, independentemente das recomendações do Tribunal de Contas da União, a Net já tinha sido salva com dinheiro público pelo BNDES e decolaria ao longo do governo Lula, com o crescimento do mercado de TV a cabo impulsionado pelo boom da economia.

http://contrapontopig.blogspot.com.br/2016/02/contraponto-18858-nos-meses-finais-de.html

Nassif: É evidente que o objetivo de Moro é derrubar o governo – Portal Vermelho

É irreal o grau de ingenuidade de setores do PT e do governo, aliviados com as informações que constam nos documentos que embasaram a Operação Acarajé, de que não há nenhuma evidência de que o marqueteiro João Santana tenha recebido dinheiro ilegal para as campanhas de Lula e Dilma. Por Luis Nassif*, no Jornal GGN

Fonte: Nassif: É evidente que o objetivo de Moro é derrubar o governo – Portal Vermelho

Péssimas notícias para a mídia golpista – Portal Vermelho

Duas notinhas publicadas na Folha talvez ajudem a explicar o desespero dos barões da mídia, que nos últimos tempos radicalizaram ainda mais as suas posições políticas e escancararam o seu golpismo. Por Altamiro Borges*, em seu blog

Fonte: Péssimas notícias para a mídia golpista – Portal Vermelho

A “desinformação organizada” de Sérgio Moro na caçada a Lula

A “desinformação organizada” de Sérgio Moro na caçada a Lula

Por Osvaldo Bertolino

Até o telespectador e a telespectadora mais desinformados da “TV Globo” sabem que há algo errado na condução da “Operação Lava Jato” pelo juiz Sérgio Moro. Essa percepção pode ser detectada nas recentes pesquisas da Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA) e do Datafolha, que apontam queda de crédito em alguns indicadores usados incessantemente pela mídia para atacar o governo da presidenta Dilma Rousseff (como rejeição à presidenta e confiança na economia). O que os brasileiros (e estrangeiros) não sabem é a extensão da manipulação.

Assim como o “mensalão” — uma farsa tão evidente que no futuro deixará os pesquisadores alarmados, tal a facilidade de detectá-la —, a “Lava Jato” se apoia em dados mais frágeis do que a convicção de um cínico. O ponto de partida de suas diatribes são declarações de ex-funcionários corruptos da Petrobras dando conta da formação de um cartel de empreiteiras para participar de contratos da empresa — prática, aliás, contumaz e que atingiu não só a Petrobras (o metrô de São Paulo é outro exemplo, para citar um caso de dimensões semelhantes ao da Petrobras).

Acusações infundadas

Na investida sobre as empreiteiras, com métodos criminosamente coercitivos, Moro conseguiu, em suas delações premidas forçadas por prisões em escala, apenas confissões de que o dinheiro não saiu da Petrobras, mas dos lucros dos contratos obtidos pelo cartel. Não há, em todas as delações, nenhuma afirmação de que o dinheiro saiu da estatal ilegalmente. Desse lucro, uma parte foi para doações aos partidos políticos (outra os ex-funcionários corruptos que pediam as doações mandaram para suas constas), sendo que o único perseguido, o Partido dos Trabalhadores (PT), foi, entre os grandes, o que menos recebeu recursos dessa fonte.

Como todos os partidos tiveram suas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral, o que resta são ilações, suposições e acusações infundadas. Ninguém da “Lava Jato” se deu ao trabalho de pedir uma auditoria nas contas desses partidos para rastrear as alegadas ilegalidades. Como o PT é o principal partido governista, ficou fácil para os acusadores da “Lava Jato” divulgar a versão de que ele forçou a assinatura dos contratos da Petrobras com as empreiteiras para se beneficiar das doações – acusação facilmente desmentida pelos registros de arrecadação de recursos pelos partidos na Justiça Eleitoral.

Tudo simples, tudo fácil de compreender. Mas a mídia bateu tanto nessa farsa comandada por Moro que a população em geral não tem a menor ideia do que realmente vem acontecendo. E foi na esteira dessa “desinformação organizada”, como dizia Umberto Eco, que o juiz do Paraná decidiu dar seu passo mais ousado, ligando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva às tais empreiteiras. Moro age com a missão de fazer a caça entrar na mira dos atiradores – nesse caso Lula e a mídia.

República do Galeão

Foi assim que Moro montou em Curitiba a sua versão da “República do Galeão”, como ficou conhecida a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, quando lá foi montado, em agosto de 1954, um aparato da Aeronáutica para interrogar suspeitos no atentado da Rua Tonelero, que feriu o udenista e golpista Carlos Lacerda e matou o major da Força Aéra Brasileira (FAB), Rubens Vaz. Os interrogatórios transcorriam em meio à crise do governo e às acusações de corrupção e aumentavam a pressão sobre o presidente Getúlio Vargas, que resultou em seu suicídio.

A mídia conseguiu destilar tanto veneno contra Lula que boa parte da população começa a acreditar em suas parolas. É o ódio gratuito, como tantas vezes grassou na história brasileira. Ódio ao povo, aos de baixo, aos negros e índios que tentam entrar no clube do poder. Lula é um expoente típico desse povo: nordestino, operário e um batalhador pela sobrevivência. Nem em sítio ele pode pisar; os caçadores estão sempre de arma em punho para completar os serviços do juiz de Curitiba.

O problema é que a tendência humana é a de acreditar muito mais no que se vê do que no que se lê — ou se ouve. Daí a repetição e a renovação da roupagem das “denúncias” numa velocidade estonteante. Para encobrir a realidade, quanto mais manchetes funéreas, melhor. Investigar é bem diferente deste encontro do estardalhaço com a inutilidade, uma patifaria que já entrou para o folclore como símbolo da vigarice que norteia a mídia brasileira.

Bandeira no ombro

A raiva da direita é que nos governos Lula e Dilma não se têm notícias de autoridades visitando bancos ou consultorias privadas antes de tomar decisões, como foi comum na era Fernando Henrique Cardoso (FHC). Em suma: há diferenças significativas na forma de governar o país. E o que pior: Lula foi elevado ao posto de autoridade máxima do povão que a direita odeia ao conferir prioridade total ao combate à miséria. Ele viu, com sua peculiar sagacidade, que esse era o pai de todos os problemas nacionais.

Lula percebeu que essa era a condição para a solução de outros problemas, inclusive a reversão daquele plano inclinado de ingovernabilidade para onde o país ia se encaminhando quando FHC deixou o Palácio do Planalto. Ele chegou ao Rubicão da candidatura eleitoralmente viável e, na outra margem, à planície por vezes incerta da Presidência da República com esta bandeira no ombro.

Estamos entrando numa fase em que a direita tenta reerguer a sua agenda e cabe aos setores populares impedir que isso aconteça. O movimento social precisa entrar em campo com a verdade na ponta da língua para que o jogo não seja desigual — sabemos que o outro lado só joga com o velho hábito de caluniar, acusar e mentir. Nesta situação em que denúncias ameaçam detonar o governo a cada 15 minutos, é preciso lembrar verdades sobre Lula e Dilma a cada 5 minutos.

A “desinformação organizada” de Sérgio Moro na caçada a Lula

Dilma crítica moralidade seletiva em Carta ao PT

Blog do Renato

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Em carta enviada ao PT, lida pelo presidente do partido, Rui Falcão, na abertura do evento em comemoração aos 36 anos da legenda, no Rio de Janeiro, a presidente Dilma Rousseff faz uma defesa enfática do partido e do ex-presidente Lula e diz que os ataques ao seu governo não a “farão recuar”.

A presidente, que decidiu não comparecer pessoalmente ao ato, não entrou em temas polêmicos no texto, como por exemplo as críticas do partido ao seu programa de ajuste fiscal e à flexibilização das regras do pré-sal. Antes de ler o texto, Rui Falcão disse que Dilma, que volta do Chile, não conseguiria “chegar a tempo” no ato.

Dilma diz no texto que há um “ataque sistemático” a Lula, ao PT e a seu governo. Em uma das maiores críticas até aqui às investidas contra o partido, aponta uma “moralidade seletiva” na tentativa de “criminalizar e envenenar a…

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Brasileiros passam a frequentar mais cinemas e teatros, diz pesquisa

Blog do Renato

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Pesquisa nacional feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), em parceria com o Instituto Ipsos, revela o crescimento de hábitos culturais nos brasileiros nos últimos oito anos. Foram ouvidos 1.200 consumidores em 72 municípios de todo o país entre os dias 2 e 14 de dezembro do ano passado.

O número de pessoas que disseram ter ido ao cinema e ao teatro cresceu 100%, passando de 17%, em 2007, para 35%, em 2015, e de 6% para 12%, na mesma comparação, mostra a pesquisa.

“Para surpresa nossa, uma boa notícia é que mais brasileiros estão indo, principalmente, ao cinema e ao teatro, ao contrário do que se imaginava com o avanço da internet, em que havia uma preocupação de o brasileiro diminuir sua ida a esses dois programas culturais, em função de estar mais conectado à internet, vendo filmes ou peças de teatro pelo celular…

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Macri é alvo de protestos que pedem a liberdade de Milagro Sala

Blog do Renato

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi ao Vaticano neste sábado (27) para uma audiência com o Papa Francisco, com o intuito de tratar sobre a situação atual da Argentina e de questões como o combate ao narcotráfico. 

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O protesto foi organizado por um grupo de argentinos na Itália, intitulado: ”la Memoria, la Verdad y la Justicia”.

Chegando ao hotel onde está hospedado,em Roma, o presidente se deparou com uma manifestação que exigia a libertação da dirigente do movimento social Milagro Sala, grande opositora das políticas econômicas neoliberais aplicadas por Macri. A presa política está  há mais de 1 mês encarcerada. 

O protesto foi organizado por um grupo de argentinos na Itália, intitulado: ”la Memoria, la Verdad y la Justicia”.

Com faixas e caratazes, o grupo de argentinos também aproveitou a ocasião para rechaçar a política econômica adota por Macri, além da condução negativa das relações internacionais. 

Já a grande…

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Presidente do PCdoB-Rio, Carlos Lima, fala sobre os desafios do Partido na capital

PCdoB - Rio de Janeiro

A conferência Municipal e a disputa para a prefeitura

Este é um grande debate na sociedade. À medida que se aproximam as eleições para a Prefeitura do Rio em 2016, este tema provoca apaixonadas discussões no seio da militância.

Chegamos a conclusões que levam em conta que esse processo sucessório de Eduardo Paes, do PMDB, ocorre num contexto de enorme instabilidade política no país. A Comissão Política Nacional do PCdoB vem alertando para que não nos deixemos enganar por miragens, pois as crises política e econômica permanecem muito graves e as ameaças contra a democracia prosseguem com força.

O PMDB, um aliado no plano federal, base de sustentação do Governo do Dilma, apresenta ambiguidades diante da crise. Num momento em que poderia junto com o PT e partidos aliados proporcionar considerável folga e na votação de projetos, fortalecendo e estabilizando o Governo, tem parte de seus deputados em escancarada relação…

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PCdoB continua aliado ao PMDB na capital do Rio de Janeiro

PCdoB - Rio de Janeiro

Surpreendido com a nota publicada no Globo Online em 25 de fevereiro, sob o título “Jandira Feghali pula fora da aliança com o PMDB do Rio de Janeiro”, tenho a declarar que o seu conteúdo não corresponde à realidade. O jornalista distorce as palavras da nossa camarada deputada Jandira Feghali e faz inferências que não coadunam com a tradição do PCdoB de honrar suas alianças em prol do povo, especialmente o povo pobre e trabalhador. O atual quadro político é complexo e o PCdoB Carioca não fez nenhum debate sobre rompimento de aliança e nem está no seu horizonte tal discussão. O posicionamento político do PCdoB da Capital, aprovado recentemente na sua Conferência Municipal é, no campo majoritário, lançar candidatura própria ou apoiar candidaturas do arco de alianças da Presidenta Dilma, tendo como referência central, no campo proporcional, eleger vereador.

O PCdoB do Rio de Janeiro participa da gestão do…

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PCdoB continua aliado ao PMDB na capital do Rio de Janeiro

Surpreendido com a nota publicada no Globo Online em 25 de fevereiro, sob o título “Jandira Feghali pula fora da aliança com o PMDB do Rio de Janeiro”, tenho a declarar que o seu conteúdo não corre…

Fonte: PCdoB continua aliado ao PMDB na capital do Rio de Janeiro